O preconceito. Quando falamos deste termo, facilmente a nossa cabeça se resvala a contemplar graves abusos na nossa sociedade, onde temas como racismo, educação, ambiente familiar e outros nos faz ter uma ideia antecipada e generalizada de determinado grupo. Mas o preconceito ultrapassa estas questões. Existe, também, nas relações que quotidianamente estabelecemos com uma pessoa.
Hoje, motivado por uma conversa que tive com alguns colegas meus, decidi partilhar um breve apontamento eclesiológico que já há algum tempo venho a defender. À primeira vista, para alguns, poderá parecer algo óbvio, da aceitação de todos. Mas, na verdade não é assim. A questão levantada é a seguinte: pode a Liturgia ser considerada, em primeiro lugar, como espaço de evangelização? Ou seja, será a Liturgia o espaço que a Igreja reserva para que as comunidades possam fazer o primeiro anúncio? Para responder a esta questão, poderia servir-me do esquema básico da teologia sistemática. Mas prefiro começar logo pelos dados da minha argumentação, saltando qualquer fundamentação bíblica e patrística que possam estar, e estão, na sua base.